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Categoria de Artigos
Postado em 05 outubro 2023
Atualizado em 05 outubro 2023
Palavras-chave: bloqueio,internet,russia,china,egito,primavera.arabe,censura,desligamento
Visualizações: 1702
Recentemente, muitas entidades públicas tem mostrado uma posição contrária a liberdade total da internet. De certo modo, muita informação na internet já é filtrada nos grandes sistemas de buscas. Os sites que podem ser encontrados a partir de algum sistema de busca representa apenas uma pequena porcentagem do que realmente existe na internet. A internet profunda é a camada obscura da rede mundial de computadores e abriga sites que não podem ser acessados nos sistemas de busca ordinários, mas podem ser acessados diretamente.
O acesso à sites pode ser limitado de várias formas, algumas delas são:
O bloqueio de um determinado site em uma determinada área não é uma tarefa fácil e na maioria das vezes é realizado nos provedores de internet (ISP). Em alguns países, o protocolo de DNS é envenenado com informações ilegítimas, recusando a solicitação de acesso ou redirecionando o usuário para outro site. Problemas de DNS podem ser evitados digitando o endereço IP diretamente no navegador do usuário. Porém, o endereço IP também pode ser bloqueado facilmente nos servidores dos provedores de serviço de internet. O uso de VPNs para mascarar o endereço IP original de um site é um método útil em países que restrigem sites com base no endereço IP.
Finalizar o fornecimento de site através de meios jurídicos também é um método disponível em países como a Índia. Porém, quando um site está fora do escopo de poder do governo de um país, ataques de DDoS também podem ser úteis para derrubar sites, como foi realizado com o grande canhão chinês.
Em alguns países, a filtragem de informação é fortemente influenciada pelo governo. A China é um grande exemplo de país que controla a internet. O grande firewall chinês é responsável por filtrar informação que pode ser visualizada dentro do país, com excessão de regiões como Hong Kong, Macao e Taiwan. Porém, em alguns países, o controle da internet vai mais além, desligando e tornando inacessível a internet. Kashmir, é uma região da Índia que ficou mais do que um ano sem acesso à internet.
Não é possível desligar toda a internet do mundo através de uma entidade centralizada. Desligar a internet do mundo seria como parar todos os rios que existem no mundo. O desligamento da internet em uma pequena área é possível dependendo da tecnologia da área, porém quanto maior a área de desligamento, mais difícil se torna essa tarefa.
O desligamento da internet em um país é algo impossível de ser realizado pelo fato de que hoje também existem outras opções de comunicação entre computadores como a telemática. A telemática usa tecnologias como satélite e antenas de transmissão para transportar informação sem o uso de meios físicos de transferência. Por isso, mesmo desligando a internet, os usuários ainda podem encontrar outras opções para se conectar com a internet.
Mesmo assim, alguns países já tentaram desligar a internet. Como foi o caso do Egito em 2011.
O desligamento dos meios de transmissão no Egito ocorreu na primavera árabe que foi uma gigante manifestação antigovernamental que iniciou-se em 2010. A REST OF WORLD explica nessa postagem como foi feito o desligamento da internet que foi iniciado no dia 25 de janeiro de 2011. As primeiras tentativas de desligar a internet não deram certo, apenas 3 dias depois, dia 28 de janeiro de 2011 é que a transmissão da internet foi desligada. O desligamento durou por 5 dias, durando até o dia 2 de fevereiro.
O desligamento da internet foi feito através dos provedores de serviço de internet (ISP) e das operadoras de telefonia móvel. Obviamente, esse corte de internet não afetou apenas os manifestantes, prejudicando entidades importantes como bancos e empresas. Devido a ausência da internet, transações foram impossibilitadas. Muitas empresas também não conseguiam mais se comunicar com os clientes no exterior. Segundo a OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o prejuízo foi de aproximadamente 18 milhões de dólares.
Entretanto, o resultado não foi como esperado. Muitas pessoas encontraram outras opções de conexão como satélite ou internet de grandes empresas privadas. Enfim, o desligamento da internet no Egito não teve muito sucesso.
A prática de desligar a internet não é algo novo e já é aplicado em alguns locais. Kashmir é um local que já teve a internet desligada dezenas de vezes.
A possibilidade de desligar a internet depende das leis e da independência de cada entidade de comunicação. Nos Estados Unidos, desligar a internet é uma tarefa praticamente impossível pelo fato de ter cerca de 1400 ISPs (Provedor de serviço de internet) e grande parte da estrutura de comunicação nas mãos dos cidadãos, como empresas privadas. Além disso, a constituição dos Estados Unidos é fortemente favorável a liberdade de expressão, dificultando meios legais de desligar a internet por questões políticas. Por outro lado, países como o Myanmar possuem apenas 4 ISPs, sendo que metade dos provedores tem forte ligação com o governo, o quê acaba facilitando a tentativa de desligar a internet.
O desligamento da internet em um país ou região traz grandes prejuízos. Por essa razão, desligar a internet é o último método que um governo irá querer tomar. Os grandes motivos para desligar a internet são questões políticas como confusão política, eleições e manifestações. Mesmo assim, a prática de cortar a internet tem sido um método cada vez mais utilizado em alguns países.
Desligar a internet traz grandes prejuízos como aconteceu com o Egito na primavera árabe. Invés disso países como China e Rússia optaram por filtrar informação invés de desligar a internet. A China é famosa por regular a internet usando o grande firewall que é capaz de bloquear conteúdo indesejável dentro do território Chinês. A Rússia também tem adotado técnicas parecidas, porém, ao invés de desenvolver um sistema regulatório automatizado como a China, a Rússia optou por utilizar a tecnologia de DPI (Inspeção profunda de pacotes). O DPI filtra pacotes contendo conteúdo que o governo não permite.
Originalmente, a tecnologia de DPI é usada para detectar irregularidades na comunicação de computadores como espionagem ou adulteração de dados. Porém, a Rússia tem usado essa tecnologia por motivos políticos. Em 2019, o governo russo tornou obrigatório para os ISPs dentro do território russo a adoção de um DPI de autoria do governo com o intuito de “combater as ameaças da internet”, o TSPU. O TSPU exige que o uso de uma DPI do governo seja realizada em conjunto com um DPI de autoria do provedor de serviço de internet. Em resumo, cada ISP dentro da Rússia deve adotar o DPI do governo para regular conteúdo considerado restrito. Com isso, em março no ano de 2023, plataformas como Twitter, Facebook e Instagram foram bloqueados no país.
Desativar a internet em um país pode ser uma tarefa difícil em alguns países, mas não tanto em outros. Invés de desligar a internet, muitas países optam por filtrar informações baseando-se no conteúdo. Quando os provedores de serviço de internet de um país são fortemente ligados ao governo, mais fácil é regulamentar a internet de um país. Para evitar esse tipo de problema é importante que as entidades de comunicação sejam independentes.
Projetos práticos
Usando JavaFX e arquitetura limpa para criar um aplicativo de caixa eletrônico extremamente simples.
Convertendo imagens para ascii art usando o valor da intensidade das cores cinzentas.
Projeto de comunicação entre dois dispositivos ESP8266 e Raspberrypi4. Laravel irá funcionar como servidor e receptor de dados de temperatura e umidade coletados com o DHT11.
Projeto de criação de um sistema de busca usando o framework Symfony e Elasticsearch. A integração com Kibana também é feito de modo remoto com um raspberrypi.
Fazendo a integração contínua de Jenkins, Sonatype Nexus, Sonatype, JUnit e Gradle para automatizar processos repetitivos. Prática bastante usada em tecnologias de DevOps.
O envenenamento de cache DNS redireciona o usuário para um site falso, mesmo digitando um URL legítimo. Como isso é possível??!!
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Fornece conexão com a rede para dispositivos móveis mesmo quando estes se encontram em deslocamento. Utiliza o protocolo LTE para a transferência de dados.
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A VPN permite a transferência de dados de modo privado e seguro em uma rede pública sem a utilização de infraestrutura adicional.
Protocolo que atua sobre o protocolo HTTP para múltiplas transferências de dados com uma única conexão com o intuito enviar e receber dados em tempo real.