Esse site utiliza cookies
Nós armazenamos dados temporariamente para melhorar a sua experiência de navegação e recomendar conteúdo do seu interesse.
Ao utilizar os nossos serviços, você concorda com as nossas políticas de privacidade.
Esse site utiliza cookies
Nós armazenamos dados temporariamente para melhorar a sua experiência de navegação e recomendar conteúdo do seu interesse.
Ao utilizar os nossos serviços, você concorda com as nossas políticas de privacidade.
Categoria de Programação
Postado em 24 fevereiro 2022
Atualizado em 07 junho 2023
Palavras-chave: clean,architecture,uncle,tio,bob,tutorial,arquitetura,limpa,ddd
Visualizações: 3272
A maioria dos softwares usam a arquitetura MVC (model view controller). O MVC tem as suas vantagens. Softwares de porte pequeno com necessidade de rápido desenvolvimento podem optar pelo MVC. Porém, essa arquitetura também tem as suas desvantagens. Projetos de grande porte que usam a arquitetura MVC, provavelmente vão ter alguns problemas ao longo prazo na realização da manutenção. O forte acoplamento entre as classes faz com que o software seja difícil de modificar ou adicionar novas funcionalidades. O termo “difícil” quer dizer mais demanda de tempo para realizar uma tarefa. Quanto mais tempo os desenvolvedores necessitam para implementar novas funcionalidades ou para fazer modificações, mais custos essa tarefa terá para a empresa que paga os seus funcionários.
Felizmente, existem outros tipos de arquitetura de software que são eficientes no quesito de manutenção. Quanto mais eficiente for a manutenção, menor serão os custos. A arquitetura limpa (clean architecture) é uma boa arquitetura para projetos de porte grande que irão demandar manutenções frequentes no futuro.
Arquitetura apresentada pela primeira vez em 2012 por Robert Martin, em seu blog. Em 2018, Robert Martin lança o livro sobre a arquitetura limpa como solução para softwares frágeis a manutenção, ganhando atenção de muitos desenvolvedores e diretores.
A arquitetura limpa é composta por vários princípios. Alguns princípios foram criados por Robert Martin, outros foram de autoria de outros programadores experientes. Ao todo existem 11 princípios abordados:
Além de abordar como o código deve ser escrito, a arquitetura limpa também fala como os componentes (conjunto de classes) devem ser agrupados, analisando a estrutra do nível de código e do nível arquitetural.
A regra de dependências é essencial na arquitetura limpa. Detalhes devem depender de abstrações, mas abstrações não devem depender de detalhes. O objetivo da arquitetura limpa é proteger os componentes de nível alto dos componentes de nível baixo. A proteção é feita usando a hierarquia de dependências em níveis, onde os componentes de nível baixo devem depender dos componentes de nível alto. Essa prática possibilita a reutilização de componentes e a substituição de detalhes por outros, uma vez que os componentes não sabem nada sobre os detalhes de nível baixo.
Na imagem acima, o nível 1 é a camada mais protegida, pois ela não depende de ninguém. A camada no nível 2 depende do nível 1 e pode sofrer influências caso algo na camada de nível 1 seja modificado. A camada de nível 3 depende da camada de nível 1 e 2, podendo sofrer influência. A camada de nível 4 é a camada mais detalhada, podendo sofrer influência de qualquer camada.
No exemplo acima de hierarquia de camadas em níveis, Robert Martin diz que o número de camadas pode ser maior ou menor dependendo das exigências do software. Contanto que as regras de negócio estejam protegidas dos detalhes não há violação.
Os detalhes são responsáveis por usar banco de dados, adotar frameworks e usar bibliotecas terceirizadas. As regras de negócio jamais deve usar frameworks ou banco de dados diretamente. O uso de bibliotecas nas regras de negócio só é permitido se a biblioteca não possui uma alta volatilidade (mudar com frequência). Queremos proteger componentes de alto nível de modificações externas. Já os detalhes podem ser substituídos quando necessário, por isso não há preocupação em proteger os detalhes de componentes voláteis.
A arquitetura limpa usa vários princípios dizendo como arquitetar o software. Os princípios que atuam no nível do código são os princípios SOLID:
Os princípios SOLID são 5 princípios que dizem como devemos estruturar o código. São o requerimento mínimo para que a arquitetura limpa possa ser aplicada corretamente.
Além dos princípios SOLID, existem os princípios RCC e ASS que atuam no nível de arquitetura e dizem como devemos agrupar e conectar os componentes. O RCC possui 3 princípios:
Os três princípios acima dizem como os componentes devem ser agrupados coesivamente. Pelo fato de ser impossível agrupar os componentes perfeitamente, o princípios RCC traz um triângulo de tensão para coesão de componentes mostrando o que acontece com o software dependendo da localização dele.
Muita gente deve imaginar que a melhor posição no triângulo acima é no centro. Porém, isso depende do estágio do projeto. Geralmente o projeto começa no lado direito do triângulo e vai mudando para o lado esquerdo conforme o projeto amadurece.
Os princípios ASS dizem como os componentes devem ser ligados uns aos outros, abordando sobre as dependências entre componentes. O ASS possui três princípios:
A dependência entre componentes deve ser planejada estrategicamente para facilitar o teste e a manutenção de modo isolado.
Todos os onze princípios abordados na arquitetura limpa são de extrema utilidade para melhorar a manutenção ao longo prazo. Há quem selecione apenas alguns desses princípios para aplicar na prática. Dependendo do contexto do aplicativo, aplicar apenas uma porção da arquitetura limpa também é válido. Desenvolver o software sabendo das consequências é o mais importante.
A arquitetura limpa é um conjunto de princípios que dizem como o código deve ser implementado para manter a produtividade do projeto alta ao longo prazo. Em algumas ocasiões a arquitetura limpa pode apresentar desvantagens, como por exemplo em um projeto de porte pequeno que necessita de velocidade no desenvolvimento. Porém, é extremamente eficiente na manutenção do software.
Projetos práticos
Simulação dos gráficos do segundo turno das eleições presidenciais, utilizando python e ferramentas de análise de dados, pandas e jupyter.
Programando o clássico jogo da serpente usando o framework p5.js. Tutorial indicado para iniciantes da programação que querem aprender os conceitos básico da área criando jogos.
Desenvolvimento de um sistema de monitoramento que exibi todos os eventos que acontecem na garagem automatizada, como abertura de portões ou ocupação de vagas.
Desenvolvimento dos conceitos mais básicos do clássico pacman, como: mapa, animação, deslocamento e detector de colisões.
Projeto de comunicação entre dois dispositivos ESP8266 e Raspberrypi4. Laravel irá funcionar como servidor e receptor de dados de temperatura e umidade coletados com o DHT11.
Existe muitos programadores que escrevem algoritmos mal planejados. Essa falta de planejamento dificulta a manutenção do aplicativo e aumenta a probabilidade de novos bugs.
Antes de podermos visualizar o site, o endereço que digitamos na barra de endereço do nosso navegador passa por várias etapas, para só então podermos visualizar o site pela primeira vez...
O código de ativação de softwares tem como objetivo prevenir a pirataria e revenda de produtos sem o conhecimento e autorização do autor.
Conjunto de códigos prontos para a utilização no desenvolvimento de softwares, eliminando processos como planejamento de arquitetura de classes.
Esse princípio diz que uma classe derivada deve ser substituível pela sua classe base sem apresentar comportamentos inesperados.
O ciclo PDCA foca em manter o ritmo contínuo de melhorias usando processos para alcançar algum objetivo específico estabelecido.